quinta-feira, 6 de abril de 2017

Guia de como lidar com os altos e baixos de uma escola de artes marciais - portuguese only -

Quando se abre uma escola de artes marciais no Brasil, muitas pessoas pensam em como vão tornar suas escolas famosas, com muitos alunos, com reconhecimento do público e visam em última instância, somente o sucesso comercial.  Mas na verdade, muitos desafios e inconstâncias fazem parte deste ''empreendimento''. Uma série de fatores devem sempre ser levados em consideração e nunca, nunca devem ser negligenciados.
È impressionante o número de profissionais que ao abrirem suas escolas, se frustram ao longo do tempo, quando descobrem que aquela meta planejada desde o início se torna algo impossível de se alcançar e acabam fechando suas portas. Muitas escolas com bastante potencial acabam fechando antes mesmo do primeiro ano de funcionamento por fatores diversos e são esses fatores, junto com outros aspectos inerentes que iremos discutir nesse artigo. Como abrir uma escola? Como manter meus alunos por mais tempo? Como tratar um negócio sem esquecer o viés tradicional do estilo marcial?
Essas são apenas algumas das perguntas que profissionais da área se fazem o tempo todo e estão pesquisando o tempo todo. Neste artigo, pretendo esmiuçar alguns aspectos dentro da minha própria experiência e de pesquisas feitas ao longo do tempo. Para facilitar,  vamos dividir essa discussão em dois tópicos distintos; A visão ''empresarial'' e a visão do ''molde marcial tradicional''. Os primeiros tópicos irão focar na visão empresarial, assim sendo;



''Visão empresarial de uma escola de artes marciais'';


Da preparação profissional, relação-produto/demanda


A primeira coisa que temos de ter em mente é que não importa as dependências onde uma escola está estabelecida, muito embora uma escola deve ter a mínima estrutura ,tanto em termos burocráticos, possuir boa localização, ter feito um estudo minucioso detalhado da concorrência direta e indireta, do local, enfim...visando sempre ''oferecer o melhor serviço pelo melhor preço'' ( lembrem-se dessa frase o tempo inteiro!) . O ponto primordial, antes de tudo, é a formação íntegra do professor e qual o tipo de ''produto'' a escola está a oferecer. A preparação e qualificação depende unicamente se o professor estuda/pratica a arte marcial com um mestre sério, se é reconhecido no meio marcial, se possui o conhecimento mínimo para guiar uma turma, etc, etc...Isso já foi amplamente discutido aqui no blog na série de postagens sobre os ''Picaretas no Wing Chun''...

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Por outro lado, o público uma vez identificado, a escola deve ter a exata clareza do que está sendo oferecido. Não adianta um aluno chegar e querer impor o seu gosto pessoal só porque este irá gerar números para a escola. Ele tem de entender qual é o tipo de ''produto'' está sendo oferecido para então decidir, se quiser ''comprar'' esse produto, ou não. Claro, que o pretenso aluno irá chegar na escola com alguns objetivos pré-determinados, sendo os principais ou mais comuns; Entrar em forma, aprender a se defender, ganhar massa muscular ou fazer uma atividade física para descontrair, mas independentemente disso, ele terá de realmente saber se de fato o produto oferecido é aquele que ele está buscando....
Da parte da escola/professor, saber identificar um público alvo é de extrema importância, tanto quanto fazer a divulgação adequada. Para tanto, trabalhar e desenvolver um material autoral com o que se tem ás mãos é um passo fundamental para que a escola não venda ''gato por lebre'', nem faça com que o público fique confuso. Por exemplo; Durante meu curso de Gestão de qualidade e visão empresarial integrada, uma das alunas da EAD em seu trabalho, utilizou a imagem de um produto Y, da empresa X, para divulgar a sua empresa Z...Obviamente ela não tirou uma boa pontuação no trabalho, já que utilizar material de terceiros faz com que as pessoas tenham uma ideia errada de qual produto está sendo divulgado, e não do produto real oferecido. O que trocando em miúdos significa;  '' propaganda enganosa''.... Ter símbolos e logos originais, criar e explorar a estrutura da escola nas mídias, para que visem identificar e dar uma ''cara'' para a escola de artes marciais é ponto primordial e aula básica de marketing!

Da minha experiência, sempre lecionei em centros e academias que possuíam mais de uma modalidade marcial, com imagens já estabelecidas e estruturas organizadas em algumas outras ( Aqui eu abro um parêntese; O ideal é que se tenha o próprio espaço, para ter maior controle daquilo que está sendo ''vendido''. Muitas vezes, devido as restrições de locais e outras problemáticas, muitos professores tendem a 'alugar um horário' em academias de danças ou de musculação, o que também é uma boa saída). Mas algumas escolas possuíam  até mesmo professores da mesma modalidade que a minha, o que significa concorrência direta dentro do próprio ambiente; O que cabe á escola fazer nesses casos para divulgar cada modalidade sem causar confusão?

Um; saber diferenciar cada modalidade e explicitar isso ao público. Fandangos não é o mesmo que Cheetos, embora ambas sejam salgadinhos. Hung Gar não é o mesmo que Choy Lee Fut ou Wing Chun da linhagem X não tem absolutamente nada a ver com o Wing Chun da linhagem Z, embora ambos sejam Kung Fu. Kung Fu, tendo variantes estilísticas, devem ser apresentados como tal.

Dois; Entender que independente de tudo, trabalhar em um grupo,significa ''jogar para o grupo''. Toda e qualquer mídia deve ser feita em cima da imagem do grupo, não de uma ou duas pessoas em específico. A cara da empresa não deve ser a sua cara, ou a cara de fulano ou ciclano (incluindo ai os proprietários). È a cara da empresa que deve aparecer em todas as mídias e layouts!

Terceiro; Cada um deve trabalhar sua especificidade sem interferir nas demais modalidades. Isso é um ponto crucial para que a escola flua sem problemas. O famoso ''cada um no seu quadrado'' ajuda em muito e evita pelo menos 50% de problemas relacionados!


1 - Ao abrir sua escola, prepare-se para fechá-la!

A primeira coisa que temos de ter é um planejamento completo, incluindo a possibilidade de fechar a escola! Aliás, isso não é uma possibilidade, é um fato! Ao abrir sua escola de artes marciais, o único caminho que ela irá seguir é para um dia, ser fechada. Tirando as possibilidades de mudanças de locais, professores, alunos e etc, a única coisa que se poderá fazer no futuro depois que se abre uma escola de artes marciais, falando em atitudes drásticas, é invariavelmente fecha-la. O grande desafio é fazer com que isso se torne parte do planejamento. Obviamente que ninguém deseja ao abrir sua escola, só para a gerir mal e fechar suas portas após um período X. Mas é necessário entender as demandas e saber entender qual é a hora de parar. Já dizia o ditado que a grande graça não é ficar até o final da festa, mas saber o momento exato de sair de ir embora! Os próximos tópicos á partir deste ponto estarão focados no que acontece entre o processo de ''abrir'' a escola e o processo ''fechar''...

2 - Quando o sucesso bate a porta ( ???)
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È extremamente normal acontecer de alguém abrir uma escola de artes marciais e utilizar-se de mídias para divulgação do seu trabalho. Todos já sabem a cartilha; Rádio, Tv e internet ( inclua ai também panfletagem e o famoso boca-a-boca) são os meios mais eficientes de se fazer uma boa e ampla divulgação de suas aulas ou da escola. Atualmente, a demanda por vídeos demonstrativos, vídeo-aulas, resenhas e etc, são a ''onda da vez''. Quando isso acontece, é natural que exista uma forte demanda e que aconteça um ''boom'' de procura. Isto pode durar algum tempo, á depender de algumas condicionantes, como por exemplo, horários, localização, identificação pessoal, etc. A função da escola é e continua sendo, prestar o serviço á qual foi solicitado da mesma maneira a qual se propôs. Se o lema da escola for ''oferecer o melhor serviço pelo melhor preço'', esse lema não deve ser alterado para se adaptar a nenhum requerente ( leia-se cliente). Simples assim. O sucesso que advirá, é mera consequência do trabalho e por suposto, deve fazer parte do planejamento como alternativa A, junto com a alternativa B; O fracasso, também como possibilidade e consequência . Isso vai evitar a famosa ''desilusão'', quando algo ruim se sobrepor no futuro e fará com que você possa ter os pés no chão para não se encher de arrogância quando estiver na crista da onda.


3 - E quando o tal ''sucesso'' demora?

A frase é clichê mas só no dicionário o sucesso vem antes do trabalho. Ter uma estrutura de trabalho que vai além do próprio espaço físico em ambiente propício deve ser feito antes que qualquer pessoa possa ser considerada um pretenso-aluno. Se a ''grande onda'', ainda não veio, a ideia é relaxar e continuar trabalhando. Seus futuros alunos estarão além do esquadro de sua janela e uma hora, irão aparecer...

4 - Altas e baixas temporadas

Pela minha própria experiência, alunos vem e vão o tempo todo. Não tem muito dessa de ''período propício '' ou ''temporadas boas e ruins''. Na verdade até existe, mas para quem trabalha em uma constante, isso não deveria ser uma problemática. Então, alunos vem e vão, invariavelmente. Simples assim. È bastante comum que alguns tipos de aluno permaneçam o máximo de tempo possível e as vezes, permanecem anos numa escola. Por outro lado, é extremamente comum que alunos passem por um período de treino curto, ou de alguns meses, e depois abandonem o treino. Muitos questionamentos são feitos nesse processo; Se o método está sendo bom, se algum tipo de insatisfação motivou a saída de determinados alunos ou qualquer outro motivo. Independente do que seja, alguns acabam voltando, outros não mais. Se o professor for um professor qualificado - e aqui excluímos a possibilidade já de cara de algum ''erro'' no método, já que o produto oferecido corresponde com o produto final e com o produto oferecido - não haverá problema, mas, sim, o aluno não se satisfaz com as exigências e ai a responsabilidade é toda dele.

De maneira geral, independente do período de vacas gordas ou magras, a função da escola é oferecer o serviço visando melhorias estruturais, mantendo a qualidade estrutural do local e facilidades burocráticas. Obviamente que num período de vacas gordas, a escola pode apresentar melhor desempenho em âmbitos gerais, apresentar promoções, descontos, etc... E no período inversamente proporcional, fazer adaptações para se adequar, intensificar chamadas, fazer um marketing mais abrangente, etc. O que não pode haver é a sensação de ter sido pego de surpresa em nenhum dos casos!


A visão marcial tradicional x relação de compra e venda de produto

Agora vamos observar o mesmo ponto de vista por outro ângulo; A visão ''tradicional'' de ensino marcial. Uso esse termo ''tradicional'' para distinguir da visão ''empresarial''. Não quer dizer absolutamente nada além disso, mas isso vai servir para especificar o ramo de atividade que estamos discutindo, o ensino marcial...sendo assim, vamos lá...



1 - O momento crítico; E quando a 'onda passar'?


Se um aluno passa um período de alguns meses na escola e após isso, desiste do treinamento ainda com alguma reclamação pra fazer, do método, do estilo ou de qualquer coisa relacionada a arte,  não cabe a escola - que no caso dos 'espaços alugados', por exemplo, já tem total conhecimento de qual tipo de arte marcial está oferecendo - tentar ''adaptar'' o treinamento para satisfazer o aluninho birrento. A arte é, por si só, um legado marcial que atravessa séculos a fio e que está sedimentada em experiências de vários guerreiros que literalmente deram a vida para que a técnica se tornasse realmente efetiva, através de um treino árduo, através das gerações...Isso tudo só para que um aluninho que acabou de chegar no mundo e já quer mudar tudo só pra que o seu gosto pessoal possa se satisfazer? É isso mesmo produção???

Sejamos francos; Muitas academias hoje em dia fazem adaptações do treinamento marcial com cross-fit, ou com uma visão mais modernizada, ou o que raios for,  apenas para fazer com que seus alunos passem horas batendo nas manoplas e nos sacos de pancadas da vida, sem nenhum tipo de entendimento do pra quê e do porque estão fazendo aquilo. Isso visa somente uma coisa; Número$....

Não quero dizer neste artigo que as aulas devem ser levadas a ferro e fogo como eram nos tempos imemoriáveis dos antigos mestres, até mesmo porque, em se tratando de arte marcial, as lutas e métodos de treinamento passam por modificações há cada 20, 30 anos em média. Mas é incoerente - pra ser menos agressivo aqui - que se ignore totalmente a forma tradicional, a essência daquilo que se formou como curriculum marcial, como todos os seus aspectos, como técnicas práticas, estudos genealógicos, conceitos inerentes, etc, etc..só para atrair números...E não, não adianta sequer alterar nomes e fazer carnaval em cima com o mesmo, só para, mais uma vez, atrair nùmero$...

A arte marcial deve ser encarada como tal! Sem mais, nem menos que isso! Isto posto, a primeira coisa é que se um aluno sai insatisfeito, isso não significa método ruim, nem inconstância de aulas, nem falta de metodologia, nem qualquer outra desculpa esfarrapada que ele possa dar...Como dito lá em cima, alunos vem e vão. Aqueles que se mantém na escola são aqueles que enxergam com clareza aquilo que está sendo ensinado, ou seja, sabem o que está sendo oferecido com o produto e antes de tudo, devem ter a consciência de que a arte não se adapta a ninguém, mas que eles devem se adaptar a arte, caso ela combine com a pessoa. Elas entendem desde o início que existem aspectos que não podem ser negligenciados e entendem um aspecto importante, que será discutido no próximo tópico.


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2 - O papel do professor e do aluno






Não interessa o quão bom um professor seja, mas o quanto um aluno deseja aprender. Parece meio clichê, mas é pura verdade...
Não importa se o professor ganhou prêmios, se lutou muito ou pouco. Em ultima instância e em termos de treinamento e didática, o que interessa de fato é o quanto um aluno vai se dedicar e o quanto ele mesmo quer crescer tecnicamente.
O professor estará ali não para puxá-lo pela mão, ou dizer  o quanto ele faz bem uma determinada técnica, ou o quanto ele entende dos princípios conceituais da arte. Ninguém, absolutamente ninguém , poderá andar com os pés do aluno. O aluno será exigido! Ele será exigido á treinar duro, a fazer o que o professor está orientando e fazer bem, dentro do que o professor enxerga como técnica adequada. O aluno não deve fazer menos daquilo que o professor pede. Se ele fizer bem o professor deve dar prosseguimento, pois haverá desenvolvimento. Se o aluno, mesmo executando mal uma técnica, mas mesmo assim, dando seu melhor, também se desenvolverá, porém mais lentamente. Em todos os casos, o papel do aluno é praticar, treinar aquilo que está sendo passado e se esmerar já que é ele mesmo quem vai dizer até onde quer chegar e até que ponto ele pode crescer na arte. Caso contrário, o aluno estará apenas se enganando e pagando por uma mensalidade para aprender alguma coisa que não vai servir pra nada.


Já o professor, este, estará lá...não para ser um facilitador, mas para ser um ''dificultor''. Ele provavelmente passará tarefas e exercícios que terão seu grau de dificuldade aumentado á cada momento e fará com  que o aluno encare o sentimento de frustração. Seja na atividade em sí, seja por ter de repetir inúmeras vezes uma determinada técnica, seja por achar as aulas teóricas mais chatas do que as aulas práticas ou vice-versa. Como dito antes, o problema não é do método, do professor ou do que seja; Ou você combina com a arte ou não! Não existem meios-termos. O professor, ou professora estará lá, não importa o que aconteça...

Não desconsiderando o fato de que o professor precisa ter seu trabalho valorizado, e o aluno deve dar valor a mensalidade que paga, justamente dando o melhor de sí e seguindo as instruções do professor.  Para que um instrutor gaste seu tempo, mesmo sendo uma hora de aula por exemplo ( Na china continental, as aulas regulares não passam muito de um período de mais de 2 horas, sendo 1 hora de treino em média) , é preciso que se pague um preço justo por seu trabalho.Isto é um assunto por demais extenso que pretendo abordar em outro momento com mais detalhes.


3 - Todo aluno desistente tem uma desculpa;


No fundo, o que acontece frequentemente nos momentos de baixa de uma escola de artes marciais é que nenhum aluno irá chegar para a administração, ou mesmo para o professor e dizer; - '' Estou desistindo porque EU não consigo! A arte Y não combina comigo!'' ou então, '' Sinto muito mas estou me esforçando demais,sou preguiçoso e estou cansado, não consigo, isso não é pra mim...'', ou algo como; - ''Eu pensei que era fácil, mas estou desistindo porque não sinto que estou aprendendo!'', ou ainda ; - ''Eu não gostei deste estilo e não vou prosseguir, vou procurar outra coisa.'' E ainda sim, haverá os que dirão isto, o que é mais que natural.

Mas vá por mim; 99% dos alunos desistentes de uma escola de artes marciais vão ter uma desculpa como; Horário, faculdade, falta de emprego, mulher grávida, se o aluno tem um emprego ,então é o horário de trabalho, desânimo com as aulas, pouco tempo para a prática e por ai vai....
Para eles, o problema nunca está nele mesmo, mas sim no professor, no método, no ar condicionado, no horário, na localização, na hora da saída da escola, por estar treinando com gente idosa demais, ou nova demais....Ou seja, eles tem sempre uma desculpa!
E ai voltamos ao tópico acima; Numa escola de artes marciais tradicionais, o individuo é a peça chave!  È o aluno quem tem de treinar, ele é quem tem de praticar. È ele mesmo quem diz se um dia ele vai ser o novo Bruce Lee ou se não vai passar de um  Zezinho da esquina, sacou? Não é o professor, ou a escola...ou o que seja. A escola é o local, o professor é o cara que vai te dizer como fazer e o que fazer, mas fazer de fato, é você! Se um aluno não quer ser exigido, ou treina displicentemente, ou simplesmente acha que sabe demais, ou espera que o professor faça o que ele quer ...a tendência é que esse tipo de aluno permaneça - na melhor das hipóteses - seis meses na escola. Se brincar, não dura um mês!

4 - Como então permanecer o máximo de tempo com o máximo de alunos?

Em se tratando de artes marciais, não existe uma cartilha a ser seguida para que isso aconteça. O que vai existir é uma identificação do aluno com o estilo, não importa se ele pratica isso numa academia luxuosa na china continental, ou se ele pratica dentro da garagem da casa do mestre no subúrbio, ou se ele tem a sorte de ter um professor qualificado como vizinho e ele pode praticar no quintal da sua casa. A arte acontece independente do local físico, mas sim com as pessoas capacitadas para tal. Se um aluno deseja realmente seguir um caminho marcial específico, até debaixo dágua ele treina e estuda! O contrário também acontece; Se o aluno ( ou em alguns casos, o cliente) não se identificar, não tem santo que o faça continuar na sua escola. Obviamente há aqueles que descobrem do nada uma determinada modalidade e se ''apaixonam'' perdidamente pela prática. Mas isso é 1 em cada 10 ou 20 pessoas, ainda mais se levando em conta o quanto temos de acesso á informação.

A ideia é sempre a mesma, sem variantes; Oferecer o melhor serviço pelo melhor preço. No entanto, a visão tradicional das artes marciais nos direcionam para uma relação muito mais profunda do que apenas uma relação de ''compra e venda''. Algumas escolas tentam equalizar isso de maneira bastante honrosa, outras, simplesmente esquecem um aspecto em detrimento ao outro. O ideal é estar atento as mudanças e demandas antevendo as situações que podem advir, sejam elas boas ou ruins. Em todo caso, vale o conselho dado neste artigo; Trabalhe da mesma maneira sempre! Tanto em momentos de ''altas'', ou de ''baixas''. Afinal, para quem trabalha, ensina e pratica algum estilo de artes marciais,e tem uma escola, o desenvolvimento corre em um fluxo constante e não pára! 


Até a próxima


    












Dido
Discípulo particular do SiFu Marcos de Abreu em Recife-PE-Brasil

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