sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Semana de volta aos treinos.... ( Volta? Como assim???)

 Durante as ultimas 3 semanas de novembro, tive alguns dias de férias do trabalho. Sim, faziam ANOS que eu não sabia o que eram férias e a julgar pela ultima vez em que estive na casa de praia de meu sogro, junto com meu filho - que á época ainda era pequenino - e minha esposa, os prognósticos não eram dos mais animadores; Afinal, no auge da pandemia de 2021, eu tive uma febre muitissimo esquisita que só durou 2 noites, no aniversário de miha mãe e eu estava lá na casa de praia.

Bem, tecnicamente, em termos oficiais, eu ainda não contraí essa doença e tenho tabalhado ao máximo para não contrair, seja como for. Mesmo assim, ao retornar para a casa de descanso, me propus a não vacilar muito e treinar o quanto pudesse, nos horários que pudesse para naõ só, manter a forma técnica, mas também para treinar de maneira mais despreocupada e relaxada.


Neste meio tempo, acabei gravando alguns videos para Marciel, aluno residente na Paraíba e para Chicão, que também acabou ganhando um fim de semana de folga, por assim dizer.


Fazer treino físico na praia é sempre muito interessante, mas eu gosto mesmo é de fazer o treino de técnica.

Normalmente eu começo executando algumas formas e depois, de uma longa corrida ( nem conto quanto tempo ou quantos km, simplesmente sigo a faixa de areia e vou embora) faço muito, mas muito ssombra. Seja com Wing Chun, ou algo de Muay Thay ou Kickboxe ( embora jamais diria ser praticante formal dessas modalidades)


( As 5 da manhã, treinando Sombra com técnicas de Wing Chun na beira da praia)




( Sombra de Muay Thay)

 

Também foi um momento em que pude, mesmo de maneira muito lúdica e brincado, começar a introduzir movimentos de artes marciais para meu pequeno Benjamin. Ele sempre me vê praticar e como SiFu ja me disse algumas vezes: - '' O exemplo arrasta.'' Ele começa a ter o interesse em 'brincar de lutinha'.




 ''Levanta a perna para defender o chute Ben!!''


( Ben brincando de dar soquinhos; Na verdade, ele ja bate com bastante força para a idade. Esta foto me lembra uma de SiFu, ensinando Hau Mah-Chase punches para sua filha mais velha, Natália, ainda criança)

( Ben aprendendo a guarda do Wing Chun )


Na volta dos dias de férias, pudemos retomar nossos treinos regulares  com Chicão. Fizemos um treino super tranquilo com alguns fighting drills, formas e Chi Sau.









Aqui, Chicao aparece usando a nova T-Shirt da BWCA para 2022


Normalmente è essa a nossa rotina de treinamento,que foi retomada nesta semana e agora,seguimos firmes,mais do que nunca.






















Dido

Discipulo privativo do SiFu Marcos Abreu - Brazilian Wing Chun Academy 








quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Especial Entrevistas: SiFu John ''Jay'' Hitchman - Traduzido para o Português

 



Olá pessoal


Segue a tradução para o português da entrevista com SiFu Jay Hitchman, espero que vocês aproveitem!


Dido; Como foi seu início no Wing Chun e quais eram suas aspirações ao iniciar sua jornada?


SiFu Jay Hitchman; - ''Fui apresentado ao Wing Chun em 1981, quando morava no Brooklyn, em Nova York. Ele me ensinou por um ano uma vez por semana em seu porão. Nos separamos por um tempo e como eu gostava tanto de Wing Chun continuei procurando lugares no Brooklyn para continuar treinando. Enquanto eu estava viajando na Austrália para trabalhar em 1992-1993, entrei para a escola Sifu Jim Fungs em Syndey por um mês, treinando 4 vezes por semana. Quando voltei para os Estados Unidos me comprometi a procurar uma escola para treinamento formal. Embora morasse no Brooklyn, raramente enfrentava confrontos nas ruas, embora tenha tido algumas brigas enquanto crescia. Minha verdadeira jornada começou quando fui para a Escola Moy Yat em Voorhees New Jersey em outubro de 1994. Em um sábado conheci meu Sihing John Harke e tivemos uma longa conversa. Ao final de nossa conversa, eu tinha pensado que ele era o Sifu e estava pronto para se inscrever. Ele me disse que não era Sifu, e que eu tinha que vir durante a semana, quarta-feira, para conhecer Sifu. Quando conheci Sifu, sabia que era aqui que precisava e queria estar. Sifu tinha uma presença autêntica muito poderosa do outro lado da mesa que me fez sentir que ele estava muito sério. Treinei aos sábados e um dia da semana principalmente com meus irmãos Kung Fu. Substituí John abrindo a escola aos sábados. Sempre fui cativado vendo meu Sifu praticar seu Kung Fu, tão suave e gracioso. Ele se tornou minha inspiração para ser tão bom quanto eu poderia ser. Ele também estava muito relaxado, o que é algo que me atraiu cada vez mais.


Dido; - ''Como você pode nos explicar qual é o aspecto mais importante na relação SiFu - Aluno?''


SiFu Jay Hitchman; -'' Meu irmão, Victor Chung, tem um termo SI-TO para relacionamento Sifu/Sidai, que é o nome de Mokwoon ( Ginásio ou ambiente marcial. N.T.)  dele. Eu sinto que é importante perceber que a relação com o  Sifu é um relacionamento especial, não um amigo ou parente. A luz guia, a figura. Eu me considero um SiFu que ouve pacientemente meus alunos. Muitas vezes apresento o que sinto ser minha opinião e, como aprendi com meu SiFu, permito que o aluno faça sua melhor escolha por conta própria. Ser um SiFu é como ser pai em que você percebe que na melhor das hipóteses só pode passar valores e conhecimentos. Você não pode entrar no corpo de outra pessoa e deve permitir que o aluno cresça, falhe, seja ele mesmo. Como um SiFu, sempre tentei estar lá para meus alunos, ouvindo todos os tipos de questões pessoais. Muitos alunos estiveram lá para mim. Atualmente tenho três Discípulos - Mike Flicker, Dale Steigerwald que tem uma escola em New Brighton Pennslyvania, e Paul Kaufmann é um Dai Si Hing atual em nosso Mokwoon. Eu tenho um aluno, Mike Adams, que um dia pode ser outro Discípulo, que tem um grande grupo de alunos no Cazaquistão e em outra cidade vizinha de Karaganda. Eu sempre tento dar o exemplo e mostrar aos meus alunos como a vida é ser feliz e positivo e, como o Grão-Mestre costumava dizer, "não perca tempo!". Sempre em busca de mais conhecimento. Todos nós nunca percebemos quão pouco tempo temos para viver e não estamos aqui para nos envolver em coisas negativas sem sentido, mas procurar coisas positivas significativas. O Sifu, como um pai, sabe e muitas vezes deve mostrar paciência, compaixão e perdão. Mas para responder diretamente à sua pergunta, deve haver um relacionamento baseado em honestidade, humildade e compreensão. Sem ego. Deve haver um nível de apreciação de ambos os lados e uma relação de amor e lealdade.




Dido; Analisando os esportes de combate atuais e a demanda por lutadores notadamente os ''strikers'' ( lutadores que preferem a luta chamada de ''trocação'' de golpes em pé), quais são as razões que você poderia nos dizer que levam o Wing Chun a não ser um estilo tão proeminente quanto o Jiu Jitsu ou o Muay Thai?


 SiFu Jay Hitchman; - ''Isso ocorre porque o Wing Chun é um sistema que fornece apenas uma base para a luta e é preciso uma profunda compreensão e proficiência para usar suas ferramentas. As pessoas não estão cientes de quão poderoso e letal o Wing Chun pode ser. Eles muitas vezes julgarão a eficácia da Arte Marcial quanto a alguma interpretação dos movimentos no treinamento. Acredito que o Wing Chun pode ser treinado para uso em esportes de combate, mas, como Sifu disse, quem faz isso deve estar disposto a treinar como um atleta olímpico para ter sucesso. Esportes competitivos têm regras que muitas vezes limitariam o uso de técnicas de salvamento de vidas no Wing Chun. No entanto, com a compreensão adequada do footwork, usando o conceito de corpo inteiro do Kung Fu, e não executando os movimentos literais do Wing Chun, uma pessoa do Wing Chun poderia ter sucesso nessas competições. Há muito poucas pessoas que têm uma habilidade de próximo nível no Wing Chun, e menos ainda estão interessadas em provar isso em competição. Assim, vemos pessoas que basicamente estão usando aplicações baseados em boxe e karatê e chamando-o de Wing Chun. Se houvesse alguém como Bruce Lee hoje, que integrasse atuação e apresentação de corpo musculoso e performance, então isso seria a chave para mais interesse pelo Wing Chun. Os filmes de IP Man realmente não combinam isso como Bruce Lee e Arnold fizeram nos anos 80 e 90. Possivelmente um dia veremos alguém demonstrar o Wing Chun no centro do palco e mostrar como o verdadeiro Wing Chun pode ser eficaz.


Dido; - '' Seu Chi Sau é um dos mais eficientes que já vi; Quais atributos são necessários para alcançar destaque nesse sentido?


SiFu Jay Hitchman; - ''Obrigado por este elogio. Eu tenho um grande Sifu altamente habilidoso que me forneceu motivação e acesso a uma forte família Kung Fu para aprender cada vez mais profundamente. Foi o meu compromisso com a sua linhagem e os ensinamentos dos Grão-Mestres que me permitiu progredir. Recentemente, meu Sihing Victor Chung respondeu verdadeiramente às perguntas que tive em termos de aprender verdadeiramente o Chi Sao de alto nível e ter uma compreensão mais profunda de seu propósito. Estou tentando compartilhar isso com os outros, pois acho que a maioria das pessoas não está ciente de como atacar verdadeiramente em Chi Sao. Que o treinamento de Chi Sao deve progredir para uma compreensão das condições apropriadas para a aplicação das Técnicas. O uso adequado das técnicas de Chi Sao atende a todas as situações de Chi Sao, assim como uma luta. Isso progride de apenas aprender as técnicas aplicadas por suas mãos, para as mãos serem auxiliadas por seus quadris, para finalmente serem assistidas com o movimento das pernas, que usa a estrutura do corpo para apoiá-las. A natureza de tudo isso está nas formas e no Jong. O verdadeiro aprendizado disso envolve uma parceria Sihing/Sidai durante o treinamento para desacelerar as coisas e permanecer no propósito. Compreender e explorar o papel de cada um. Isso dará um propósito ao seu jogo de Chi Sao e você não se envolverá em movimentos intermináveis, muitas vezes chamados de Luk Sao Chi Sao. Sempre mantenha nossos princípios - linha central, viradas e mãos iguais - como base do jogo. Um ajuste constante para aderir a esses princípios e estar em completo entendimento do que eles significam. Eles são os fundamentos da execução adequada. Outro aspecto do Chi Sao para aprender é sentir-se confortável em tocar alguém. Se você não pode tocar, você não pode bater. As mãos devem se estender para aplicar o contato físico ao seu parceiro, não de maneira maliciosa, mas de uma maneira que permita que você se solte livremente e relaxado e faça com que seu parceiro aceite o contato físico relaxado também. Além de nossos três princípios, aprendemos a compreender cinco atributos principais: equilíbrio, coordenação, tempo, sensibilidade e relaxamento. São esses atributos em combinação com os princípios mencionados que sustentam o que chamamos de técnica. O treinamento é um reflexo constante de ideias de visitantes como posicionamento, pesca, footwork, distância, detecção de direção de energia, intenção e atitude. Sim, a atitude é importante porque o Grão-Mestre sempre se referiu a "jogar" Kung Fu. Portanto, devemos mantê-lo divertido, com intenção séria. Treine para um nível de maestria pelo qual você vai "além da sequência". Jogue o Kung Fu sem pensar no próximo movimento e a aplicação se mostrará como uma "pequena ideia" sobre a qual você pode construir.


Dido; - ''Em sua opinião, como um SiFu deve conduzir uma escola, preservando a ancestralidade e ao mesmo tempo, tendo que se atualizar constantemente?


SiFu Jay Hitchman; - ''Como conseguir tal equilíbrio? Qualquer um pode ter alguém chamando-os de "Sifu" e ser um Sifu. No entanto, se você é um Sifu que representa uma família, então o Sifu deve entender o caminho de sua família. Nosso Grão-Mestre deu grande ênfase ao treinamento do Kung Fu. Sobre treinar como uma família para ficar mais relaxado e também para cuidar. Muitas pessoas podem se cansar dos exercícios de Kung Fu, mas isso é porque desconhecem os vários níveis de compreensão do exercício além do que conhecem, incluindo as formas e o Jong. O Grão-Mestre enfatizou os pequenos detalhes como sendo críticos para entender o poder do Kung Fu. As pessoas podem treinar outras coisas como trabalho de chão, arremessos e técnicas de outros estilos em seu próprio tempo - o que é bom. No entanto, o propósito de ter uma escola é fornecer aos alunos corpos para praticar os exercícios de Kung Fu como o mais importante. Às vezes as pessoas sentem que o treinamento tradicional está ultrapassado, mas tudo bem porque é o Sifu quem sabe o que é correto. Eu tenho visto muitos tentarem ser Sifu e eles não são mais Sifu ou têm alunos. Eu sou Sifu porque posso aguentar o que a maioria das pessoas não aguenta. Por isso, muitas vezes é o teste do tempo que mostra a verdade, quem fica quando a poeira baixou. Coisas como integridade e honestidade nunca podem ficar desatualizadas. No entanto, como meu Sihing Victor Chung defendeu, existem maneiras novas e inovadoras de estudar os conceitos antigos. Os métodos antigos não devem ser uma bola e uma corrente para o aluno que está aprendendo o Kung Fu, mas devemos derivar métodos comprovados realistas que ajudem a entender o que está por trás do Kung Fu. Além disso, o Sifu deve dar um passo atrás e permitir que os Sihings sejam Sihings e tomem seu lugar na liderança do Mokwoon. Em algum momento, não faz sentido como Sifu provar suas habilidades sobre qualquer aluno. Nosso maior desafio como Sifu é fazer o que pudermos para apoiar o desenvolvimento do aluno, principalmente se ele demonstrar que é sério e dedicado. seu Sifu é seu guia, mas a experiência é seu verdadeiro professor.


Dido; - '' Desde já agradeço a atenção e por favor deixe uma última mensagem para nossos leitores e seus contatos para quem quiser entrar em contato.''


SiFu Jay Hitchman: - ''Obrigado por esta oportunidade de entrevista e pelo tempo que espero que possamos nos encontrar no futuro. Você é sempre bem-vindo se estiver nas áreas da Filadélfia ou Nova Jersey/Nova York. Eu posso ser contatado em jay@kungfuphilly.com.''



Dido

Discipulo privativo do SiFu Marcos Abreu - Brazilian Wing Chun Academy

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Especial entrevistas: John ''Jay'' Hitchman

 



O Blog do Dido está de volta com o especial entrevistas. Desta vez com um dos mestres de Wing Chun mais técnicos do mundo e um dos primeiros que eu vi e me impressionei - e obviamente virei um fã- com a técnica e habilidade antes mesmo de iniciar nos estudos de Wing Chun: SiFu John ''Jay'' Hitchman. Neste pate papo rápido, pude lhe fazer algumas perguntas que há muito tempo gostaria de ter feito a ele e foi uma grata surpresa quando ao receber uma mensagem dele de felicitações pelo meu aniversário no último dia 06, ele tenha lembrado que eu já o tinha convidado para uma entrevista ao Blog em meados de 2011.


A entrevista foi feita toda em inglês e na próxima postagem, será traduzida para o português. Espero que gostem.


Dido;  How was your start in Wing Chun and what were your aspirations when starting your journey? 

SiFu Jay Hitchman; - ''I was introduced to Wing Chun in 1981 when I lived in Brooklyn New York. He taught me for one year once a week in his basement. We separated for a time and because I enjoyed Wing Chun so much I continued to look for places in Brooklyn to continue training. While I was traveling in Australia for work in 1992-1993, I joined Sifu Jim Fungs school in Syndey for one month, training 4 times a week. When I returned to the United States I made a commitment to look for a school for formal training. Although I lived in Brooklyn, I seldom faced confrontations in the streets, although I had a couple of fights growing up. My true journey started when I went to the Moy Yat School in Voorhees New Jersey in October 1994. On a Saturday I met my Sihing John Harke and we engaged in a very long conversation. At the end of our talk, I had thought he was the Sifu and was ready to sign up. He told me that he was not Sifu, and that I had to come in during the week, Wednesday, to meet Sifu. When I met Sifu, I knew this is where I needed and wanted to be. Sifu had a very powerful authentic presence across the desk that made me feel he was very serious. I trained Saturdays and one day during the week mostly with my Kung Fu brothers. I replaced John opening up the school on Saturdays. I was always captivated watching my Sifu play his Kung Fu, so smooth and graceful. He became my inpiration to be as good as I could be. He was also very relaxed, which is something that drew me more and more.

Dido; - '' How can you explain to us what is the most important aspect in the SiFu - Student relationship?''

SiFu Jay Hitchman; - '' My brother, Victor Chung, has a term SITO for Sifu/Sidai relationship, which is the name of his Mokwoon. I feel that it is important to realize that Sifu is a special relationship, not a friend or relative. A guiding light, a figure. I consider myself a Sifu that listens patiently to my students. I often present what I feel is my opinion and, as learned from my Sifu, allow the student to make the their own best choice on their own. Being a Sifu is like being a parent in that you realize that you can at best only pass on values and knowledge. You can not get inside anyone else's body and must allow the student to grow, to fail, to be themselves. As a Sifu I have always tried to be there for my students, listening to all kind of personal issues. Many students have been there for me. I currently have three Disciples - Mike Flicker, Dale Steigerwald who has a school in New Brighton Pennslyvania, and Paul Kaufmann is a current dai sihing in our Mokwoon. I have a student, Mike Adams, who may one day be another Disciple, who has a great group of students in Kazahkstan and another nearby city Karaganda. I always try to lead by example and show my students how life is about being happy and positive and, as Grand Master used to say, "don't waste time!". Always seeking more knowledge. We all never realize how little time we have for living is and we are not here to engage in meaningless negative things, but look for meaningful positive things. The Sifu, like a father, knows and must often times show patience and compassion and forgiveness. But to answer your question directly, there must be a relationship based on honesty, humility and understanding. No ego. There should be a level of appreciation from both sides and a relationship of love and loyalty. 




Dido;  Analyzing combat sports today and the demand for fighters notably strikers, what are the reasons you could tell us that lead Wing Chun to not be as prominent a style as Jiu Jitsu or Muay Thai?

 SiFu Jay Hitchman; - ''This is because Wing Chun is a system that provides only a foundation for fighting and it takes a deep understanding and proficiency to use its tools. People are not aware how powerful and lethal Wing Chun can be. They will often time judge the effectiveness of the Martial Art as to some interpretation of the movements in the training. I believe that Wing Chun can be trained for use in combat sports but, as Sifu has said, one doing this must be willing to train like an olympic athlete in order to be successful. Competitive Sports have rules that often would limit use of life saving techniques in Wing Chun. However, with propert understanding of footwork, using the whole body Kung Fu concept, and not executing the literal Wing Chun movements a Wing Chun person could potentially be successful in those competitions. There are very few people who have a next level ability in Wing Chun, and even fewer who are interested in proving it in competition. Thus, we see people who basically are using boxing and karate based applications and calling it Wing Chun. If there was someone like Bruce Lee today, who integrated acting and presentation of muscular body and performance, then this would be a key to more Wing Chun interest. The IP Man movies don't really combine that like Bruce Lee and Arnold did in the 80's and 90's. Possibly one day we will see someone demonstrate Wing Chun on the center stage and show how effective true Wing Chun can be.  

Dido; - '' Your Chi Sau is one of the most efficient I've ever seen; What attributes are needed to achieve prominence in this regard? 

( Siu Lin Tau form, by SiFu Jay Hitchman)

SiFu Jay Hitchman; - ''Thank you for this complement. I have a great highly skilled Sifu who has provided me with the motivation and access to a strong Kung Fu family to learn deeper and deeper. It has been my commitment to his lineage and Grand Masters teachings that has allowed me to progress. Recently my Sihing Victor Chung has truly answered questions I have had in terms of truely learning high level Chi Sao and having a deeper understanding of it's purpose. I am trying to share this with others as I find that most people are not aware of how to truly attack in Chi Sao. That the Chi Sao training must progress to an understanding of the appropriate conditions on which to apply Techniques. The proper use of Chi Sao techniques meets every situation in Chi Sao, as well as a fight. This progresses from just learning the techniques applied by your hands, to the hands being assisted by your hips and waste, to ultimately being assisted with leg movement, which uses the body structure to support them. The nature of all this is in the forms and Jong. The true learning of this involves a Sihing/Sidai partnership during training to slow things down and stay on purpose. Understanding and exploiting each ones role. This will give your Chi Sao play a purpose and you will not engage in endless rolling, often called Luk Sao Chi Sao. Always keep our principles - centerline, facing, and equal hands - as a foundation of play. A constant adjustment to adhere to those principles and be in complete understanding of what they mean. They are the fundamentals of proper execution. Another aspect of Chi Sao to learn is to become comfortable with touching someone. If you cannot touch, you cannot hit. The hands should extend to apply physical contact to your partner, not in a malicious manner, but in a manner that both allows you to release freely and relaxed and have your partner to accept the physical contact relaxed as well. In addition to our three principles, we learned to understand five major attributes - balance, coordination, timing, sensitivity, and relaxation. It is these attributes in combination with the mentioned principles that support what we call technique. The training is a constant reflection of visiting ideas such as positioning, angling, footwork, distance, energy direction detection, intension and attitude. Yes, attitude is important because Grand Master always referred to "playing" Kung Fu. So we must keep it fun, with serious intention. Train to a level of Mastery by which you get "beyond the sequence". Play the Kung Fu without thinking about what movement is next and application will show itself as a "little idea" you can build upon.


Dido; - '' In your opinion, How should a SiFu lead a school, preserving ancestry and at the same time, having to constantly update itself? 

SiFu Jay Hitchman; - ''How to achieve such balance? Anyone can have someone call them "Sifu" and be a Sifu. However, if you are a Sifu that represents a family then the Sifu should understand their family's way. Our Grand Master placed heavy emphasis on training the Kung Fu. On training like a family to be most relaxed and also to care. Many people can get tired of the exercises in the Kung Fu but that is because they are unaware of the various levels of understanding for the exercise beyond what they know, including the forms and the Jong. Grand Master stressed the little details as being critical to understanding the power of the Kung Fu. People can train other things like ground work, throws, and techniques from other styles on their own time - which is fine. However, the purpose of having a school is to provide students with bodies to practice the Kung Fu exercises as the most important thing. Sometimes people feel the traditional training is out dated, but that is okay because it is the Sifu who knows what is correct. I have seen many go on and try to be Sifu and they are no longer a Sifu or have students. I'm Sifu because I can take what most people cannot take. So it is often the test of time that shows the truth, who is left when the dust has settled. Things like integrity and honesty can never be outdated. However, as my Sihing Victor Chung has championed, that there are new and innovative ways to study the old concepts. The old methods should not be a ball and chain to the student learning the Kung Fu but we must derive realistic proven methods that help understand what is behind the Kung Fu. Also, the Sifu must step back and allow Sihings to be Sihings and take their place in leadership in the Mokwoon. At some point, there is no point as Sifu to proving your abilities over any students. Our toughest challenge as Sifu is to do what we can to support the student's development, especially if they demonstrate that they are serious and dedicated. your Sifu is your guide, but experience is your true teacher.

Dido; - '' Thank you in advance for your attention and please leave a last message for our readers and their contacts for anyone who wants to get in touch.''

SiFu Jay Hitchman: - ''Thank you for this interview opportunity and the time hopefully we get to meet up in the future. You are always welcome if you are in the Philadelphia or New Jersey/New York areas. I can be reached at jay@kungfuphilly.com.''




Dido

Discipulo privativo do SiFu Marcos Abreu - Brazilian Wing Chun Academy

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

'' Nem mesmo uma Ferrari roda a 200km por hora o tempo todo...''



''What have i become, my sweetest friend?''

Se questionava Jhonny Cash em seu derradeiro disco de inéditas....




 Existem períodos em que o cansaço e o desânimo batem a nossa porta e nem sempre dá pra se esconder deles. Há semanas em que simplesmente o corpo não funciona como queremos muito menos nossa mente trabalha na intenção á qual nos propomos e esse stress, esse cansaço, por vezes, esquecemos, que é natural ao ser humano.


''Dido, nem mesmo uma Ferrari roda a 200km por hora o tempo todo...'' falou-me SiFu há uns anos atrás. E ele tem razão nisso. As vezes me pego simplesmente voando a 150 km por hora na minha rotina; trabalho regular, treino diário, afazeres de casa e preocupações com saúde de todos, com o desenvolvimento de Ben, com o treinamento,etc etc, livros, projetos, banda, aulas....isso o que eu consigo listar enquanto escrevo este artigo ainda durante meu expediente....



De toda a forma, para nós que praticamos uma arte marcial conceitual como é o Wing Chun, tentamos sempre observar a natureza de cada vivência e trazer esses aspectos para a nossa própria conduta. 

Então a semana passada, que foi uma das talvez piores de todo o ano, em termos produtivos para mim,acabou não sendo ruim de todo; Sempre há no que se aprender e tirar lições e talvez, se eu não tivesse aprendido no Siu Lin Tau a manter o foco no que realmente importa, talvez os ''estragos'' poderiam ter sido bem piores.



A diferença está no fato de que eu não estou pregando aqui algo que não vivo, como costumeiramente se observa na internet; Mas compartilhando que, apesar de todos os problemas e complexidades que surgem ao logo de nossa caminhada,seja ela marcial ou não,  nós enquanto artistas marciais devemos sempre manter o espírito com retidão de princípios, focar no que importa e andar não pelo arco, mas pela corda. È necessário ir além. Mesmo que a gente não saiba pra onde ir no momento...


Então, sigamos.




Dido

Discipulo privativo do SiFu Marcos Abreu - Brazilian Wing Chun Academy



segunda-feira, 11 de julho de 2022

Treino intensivo na BWCA - Núcleo Recife, com nosso estudante de João Pessoa






           (Marciel e eu durante uma pausa nos trabalhos durante sua vinda para prática de Wing Chun )

Durante este último fim de semana recebi meu estudante vindo de João pessoa, na Paraíba, Marciel,para continuidade de seu treinamento regular.

Desde o começo do ano Marciel tem se dedicado a estudar o Wing Chun de nosso núcleo sob minha orientação e tem se mostrado realmente focado no treinamento e no - que hoje em dia,percebo ser - o mais importante de tudo - entendimento dos conceitos da arte.


Obviamente, eu que venho estudando a linhagem de meu SiGung Gorden Lo sob a orientação de SiFu, como iniciante nesta abordagem, ainda posso ter algumas questões relativas a prática, mas tento,contudo, passar exatamente aquilo que venho aprendendo desta ramificação e ao mesmo tempo me preocupo em  não fazer miscelânea com aquilo que estudei anteriormente durante anos. 

Ainda assim, eu tento diferenciar o Dido instrutor, do Dido estudante e tento auxiliar meus alunos á não passar pelos mesmos erros que eu costumeiramente tendo a cometer ao mesmo tempo em que o trabalho de transmissão do sistema Wing Chun propriamente dito, deva serguir alinhado com a escola Sede, para que não haja incoerência técnica. O que não é nenhum problema.

O grande desafio e a missão mais difícil ai seja encontrar ideias comuns com as experiencias anteriores mas ao mesmo tempo, não deturpar nada com possíveis ideias próprias e isso, eu já me preocupava antes. Portanto, isto corrobora totalmente com a ideia de que meu talento ( se é que tenho algum ), por sí só, não terá absolutamente nenhuma serventia, se não for para benefício das pessoas ao meu redor.


Sendo assim, nosso dia começou muito cedo. O treinamento foi realizado na casa de meus pais onde existe um bom espaço coberto; Já que existia o risco de chuva, como de fato no fim do dia choveu muito. As 7 e 30hs,após um rápido café e uma conversa á mesa, já estavamos treinando. Começamos com uma corrida em ritmo leve para aquecer onde percorremos todo o bairro.  Literalmente. 

Durante a primeira parte da manhã, praticamos a forma Siu Lin Tau , dando enfase nos exercícios de fixação e correções gerais.


          (Prática da forma e correção; Um trabalho que exige muita atenção de ambos; Tutor e tutelado)



       ( Exercícios de fixação para movimentos-chave da primeira forma - Bong Sau - Tan Sau)

Logo após, seguimos para a pracinha do bairro, onde em espaço aberto, fizemos alguns rounds de Soft Sparring visando aplicação de duas técnicas muito básicas e core de nossa escola; Tan Da e Pak Da. Marciel começa a entender as ideias mais básicas para este aspecto do treinamento.





Chegando um pouco perto do fim da manhã, voltamos para mais correção técnica e fomos até o meio-dia praticando.

Após o almoço, já na parte da tarde tivemos uma introdução ao Chi Sau de duas mãos, já que da primeira vinda, Marciel aprendeu bem o Chi Dan Sau ( ou Tang Chi Sau) e após uma rápida revisão, seguimos para a introdução deste conteúdo.




                                 ( Ideias básicas de posicionamento para a introdução ao Chi Sau)


Logo em seguida, voltamos para os drills e assim fomos até perto da hora de findar os trabalhos com drills muito básicos para Gan Sau e Pak Sau.



 



( Treinamento de drills )

Já era fim de tarde quando ao invés de diminuirmos o ritmo, seguimos mais forte ainda com exercícios de força, flexões de braço em diferentes modos e assim, finalizamos o dia.

Marciel voltou a João Pessoa com a missão de voltar mais treinado fisicamente e tecnicamente, o que aceitou de pronto. Agora é esperar para o próximo retorno e se estabelecer como praticante de nossa escola.


Agora, só depende dele.





Dido

Discipulo privativo do SiFu Marcos Abreu - Brazilian Wing Chun Academy



segunda-feira, 13 de junho de 2022

Especial Entrevistas; SiFu Orlando Brito

 





Continuando mais um especial Entrevistas, hoje , temos o prazer de entrevistar o SiFu Orlando Brito,residente em Fortaleza, e um exímio marceneiro. SiFu Orlando tem se destacado não só como fabricante de bonecos de madeira, como também em armas de madeira, peças decorativas e  afins. SiFu Orlando tem vasta experiencia no Wing Chun e nesta conversa, tive a oportunidade de lhe perguntar sobre seus trabalhos. Espero que aproveitem.


Dido:  Gostaria que o Sr. comecasse nos dizendo qual é a sua linhagem atualmente e como o sr. começou na prática do Wing Chun?

SiFu Orlando; -  Comecei na linhagem Yip Man, na família Moy Yat, em 1990, com um ex aluno do mestre Leo Imamura, depois fui pra linhagem do Ving Tsun museum, do mestre Meng ( Benny Meng), e por último na linhagem da família Teddy Lai. Atualmente não estou seguindo nenhuma linhagem específica.

Dido:  Quando o sr. começou a fabricar os bonecos de madeira? Como eram os primeiros modelos e como é seu processo de fabricação?



SiFu Orlando; -  Comecei a trabalhar com madeira quando treinei aikido ainda na década de 90, por aproximadamente 8 anos. No aikido se usam espadas e bastões de madeira, como não tinha quem fizesse, eu me dispus a fabricar. Com relação aos bonecos de madeira, eu não tinha noção de como fabricar eles. Meu antigo sifu, do IWC, ligado ao Ving Tsun museum, pediu que eu fizesse um mudjong, mas eu disse que não ia fazer, pois não tinha conhecimento e técnica para trabalhar com troncos. Recebi dele algumas palavras de incentivo, que foram fundamentais para me interessar a fazer os bonecos. Foram estas as palavras: - '' Ou tú faz, ou...'', antes dele concluir a frase eu aceitei o fazer o serviço. 

Pra começar a fabricação, o tronco precisa estar bem alinhado, aplainado, sem irregularidade nenhuma. Depois faço furos, com uma furadeira, e o resto é tudo com ferramentas manuais, tipo, formão, limas e plainas.



Dido; Como praticante de Wing Chun, quais os aspectos principais que o senhor consideraria para determinar um bom boneco de madeira e um boneco de madeira não tão bom?

SiFu Orlando; -  O boneco tem que ter uma altura ideal para o praticante, madeira de boa qualidade, espessura do tronco entre 20 e 25cm. Um boneco não tão bom, é um com o tronco muito fino, ou os braços e ângulos destes, fora do padrão desejado para o estilo do praticante.



Dido:  O que o sr. acha das inovações que muitos mestres propõe para o Muk Yan Jong, como por exemplo, braços de molas flexiveis, bonecos com mais de 3 braços....etc?

SiFu Orlando; -  Todas as opções são válidas, depende do gosto do praticante. Se ele achar útil, não vejo problemas em variar os modelos, e novos tipos de aplicações



Dido:  Nos fale um pouco dos outros tipos de trabalhos com madeira que o sr. também desenvolve?

SiFu Orlando;-  Como disse, comecei fazendo espadas e bastões para o aikido. Simultaneamente comecei a confeccionar os bonecos de madeira. Também aprendi a fazer quadros com ideogramas, en baixo e alto relevo, e também com transparência de imagem para a madeira. Agora estou fabricando armas em madeira para o treino de Ninjutsu, e continuo aprendendo novas técnicas de manufatura sempre que possível.



Dido:  Qual a sua visão sobre os bonecos de madeira fabricados no brasil e no exterior? Podemos comparar um com o outro? Existem diferenças tácitas entre um produto importado e um nacional?

SiFu Orlando; -  Não tive contato com bonecos feito por outro fabricante, nacional ou importado. Acredito que todos são feitos com dedicação, para serem o melhor possível.


Dido:  Na sua opinião, o que é mais importante na prática com um bom boneco de madeira?

SiFu Orlando; - Treinar com paciência,  muita atenção para não se machucar,  e seguir as orientações do instrutor.

Dido:  O sr. também produz as Baat Jam Do do Wing Chun em modelos de madeira e os Bokens ( espadas japonesas de madeira em única peça). Quais os benefícios e vantagens em se praticar com simulacros de madeira?




SiFu Orlando; -  Sim, fabrico as facas do wing chun, com as lâminas em madeira, e a guarda em ferro. Elas são mais baratas que as de ferro, servem para vários estilos, não só wing chun, e em treino contra bastão longo não vai ferir as fibras da madeira.

Dido:  Desde ja fico grato pela atenção e peço que deixe aqui seus conttos para os interessados nos seus trabalhos.


SiFu Orlando;. Agradeço a você pela oportunidade em divulgar meu trabalho no Blog.

Que Deus abençoe você e sua família !


Contato 

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Fortaleza Ceará Brasil 🇧🇷




Dido

Discipulo privativo do SiFu Marcos Abreu - Brazilian Wing Chun Academy

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Especial Entrevistas: Mestre Miguel Teixeira

 


( Miguel na frente da escola Sede Brazilian Wing Chun Academy. As placas com os poemas cedidos por nosso Si Taai gung Lo Man Kan foram esculpidos em madeira pelo Miguel)
 

Hoje, o  Blog do Dido retoma seu tão famoso especial Entrevistas. Desta vez, a matéria é com o Mestre Marceneiro e meu estimado Si Dai (irmão mais novo de Kung Fu) Miguel Teixeira.

Miguel é aluno muito antigo de nossa família Kung Fu,tendo estudando com sifu Alberto França e agora tornou-se aluno direto do SiFu Marcos Abreu, tendo sido responsável pela confecção dos Muk Yan Jongs sob a supervisão técnica de SiFu Marcos e SiFu Cleber Domingues. Atualmente, ele confeccionou toda a nova fachada da Brazilian Wing Chun Academy e após o período de pandemia que tivemos, Miguel está voltando com a sua linha de fabricação de Muk Yan Jong para o grande público.

O trabalho que Miguel desenvolve é espetacular e de grande qualidade, sendo ele, com toda a certeza,  o mais bem prarado e  técnico fabricante de Bonecos de madeira para Kung Fu no Brasil. Digo sem medo de errar! A entrevista foi feita informalmente via Whatsupp e espero que vocês possam apreciar.



 Dido:  Gostaria q o sr. começasse nos dizendo como foi seu início tanto na marcenaria como nas artes marciais...

Miguel Teixeira:  Obrigado pela oportunidade.  Nasci dentro de uma marcenaria. Desde criança brincava na marcenaria do meu pai. Aprendi com meu pai a arte da marcenaria; fazíamos portas, móveis e pequenos trabalhos artesanais. Contínuo marceneiro,  hoje com móveis planejados, mas não deixei de fazer serviços em madeiras. Iniciei nas artes marciais  aos 15 anos. Pratiquei de início Karatê.  Depois através de livros cheguei ao Kung Fu. Depois veio o wing chun que um amigo me apresentou. Cheguei até o Mestre Aberto França, onde cheguei ao 3° nível. Daí cheguei ao Sifu Marcos depois de ficar parado por 7 anos e iniciei a 2 anos a praticar com ele.


( SiFu Marcos, nosso SiFu, ao lado do primeiro Muk Yan Jong fabricado por Miguel, para a escola do mestre Alberto frança)


2.Dido:  Quais são os pontos que o sr considera como equivalentes tanto no kung fu quanto com o trabalho de marceneiro que o sr desenvolve?

Miguel Teixeira: Marcenaria foi uma grande escola na minha vida, posso afirmar que sou um Mestre na marcenaria .No Kung Fu não é diferente, me sinto dentro de um ambiente familiar já que na marcenaria eu vivia com meu pai e dois tios.Aprendi a  profissão e a ser um homem de caráter. No Kung Fu não é diferente,  já que aprendemos a ser homens de caráter e não apenas a lutar. Isso é  o que estou a aprender com o Sifu Marcos

 

3.Dido :  Como e quando o sr começou a fabricar os Muk Yan Jongs?

Miguel Teixeira : Meu primeiro boneco foi feito por volta de 1990 e o fiz seguindo um modelo de um livro do Francisco D'urbano. Saiu meio desarrumado,  mas serviu de experiência. Fiz outros,  mas o que saiu melhor foi o do Mestre França. Depois que conheci o Sifu Marcos e Sifu Cleber é que a coisa andou. Com muita insistência dos dois, chegamos a um boneco de boa qualidade Com certeza vc já teve a oportunidade de praticar com o boneco do Marcos.


( Muk Yan jong a qual Mestre Miguel se refere; Está na Sede da Brazilian Wing Chun Academy)


 4. Dido:  De que forma o sr. Pode avaliar se um boneco de madeira è realmente de qualidade? Quais são os pontos que o sr considera como mais importantes no processo de fabricação?

 

Miguel Teixeira: Primeiro, escolher uma madeira de boa qualidade. As medidas são um ponto muito importante;  Tem que estar dentro dos padrões. O Sifu Marcos me cobrava muito nesse ponto, as medidas tem que estar dentro das necessidades do praticante. Então sigo as recomendações do Sifu Marcos para ter um boneco de boa qualidade.Se não me engano o Sifu Li Hon Ki chegou a praticar no boneco que fiz pro SiFu Marcos e fez bons elogios.


Fotos do processo e da linha de fabricação da marcenaria do Miguel, na Bahia:

 



 




5. Dido:  Como o sr faz para conciliar os estudos marciais com o trabalho regular em sua marcenaria?

Miguel Teixeira : Dá pra conciliar sim, procuro treinar pelo menos 30 minutos por dia e nos finais de semana chegou a treinar por 2 horas.O trabalho na marcenaria é muito cansativo e as vezes treino pela manhã,  já que estou bem descansado. É isso, tem que arrumar um tempo pra absorver as técnicas



6. Dido:  O sr pretende também fabricar outros equipamentos e ferramentas de madeira para o treinamento de Wing Chun?

Miguel Teixeira: Pretendo sim, gosto muito de trabalhar com objetos em madeira, fazer o boneco foi muito gratificante pra mim. Um desafio e tanto! Pretendo fazer os bastões ( Luk Dim Boom Kwan ) e as facas ( Pa Chan Tou)  em madeira.  Tem outro projeto com o SiFu Marcos que vamos fazer e apresentar na escola; Um outro jong pra diferentes treinos.

 Como você viu, teve a fachada da escola que eu fiz e tem uma peça em madeira que depende do SiFu Marcos pegar com Sigung Gorden Lu. Vou explorar também as placas com poemas chineses, dos mesmos tipos das que fiz pro SiFu Marcos.

 

7. Dido: Uma das principais diferenças entre os vários bonecos de madeira utilizados nas mais diversas famílias Kung Fu é referente a perna do boneco. A confecção dela é mais dificil? Porque existem tantas ''pernas'' diferentes para cada modelo?

 

 


          ( Confecção da perna do Muk Yan Jong; um trabalho extensivo e cuidadoso)


Miguel Teixeira;  No início tive dificuldade pois não conseguia fazer uma perna resistente . Foi com muita pesquisa que chegamos ao padrão que utilizo hoje. Já fiz com galhos de árvores, como o primeiro que fiz pro França. Os modelos  variam muito e dependem em muito de cada fabricante. Esse que uso hoje na minha opinião é o  melhor que fiz. Dos bonecos que fiz , apenas um veio a quebrar a perna. Deixo a parte que encaixa no boneco mais grossa possível. A  parte da dobra ( o digamos ''joelho'' da perna do boneco)  é  que tem uma amarração bem resistente, evitando que se rompa. Alguns usam de ferro, mas pra mim não fica tradicional. 

 

8.Dido;  Gostaria de agradecer ao sr e se possível,deixe aqui seus contatos para quem se interessar em adquirir um muk Yan jong:

Miguel Teixeira: Mas uma vez agradeço e espero ter sido útil. Contatos:

73- 98857-3204

73-99114-2575

Idealartteixeira Instagram

Miguel Teixeira Filho  (facebook)




Dido

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