O grande problema é que na maioria das vezes, algumas escolas confundem conceitualmente o que é Sparring e o que é combate de contato,ou mesmo semi-contato. Não á toa, muitas vezes o que deveria ser um treino de sparring por vezes vira combate franco e as vezes, briga,mesmo. O youtube tá cheio de videos onde mostram o que seria um inicio de sparring amistoso se transformando em pancadaria pura e a turma do ''deixa disso'', vindo separar os atletas/praticantes.Isto denota uma fata de metodologia de treinamento que vai,por vezes, muito além da mera ideia de que você pode ''fazer qualquer coisa na luta'', ou aquela famosa frase batidissima; - ''Quanto mais duro o treino, mais fácil a luta real.''
Que existem artes marciais que copiam as outras em seus métodos, isso não é nenhuma novidade. Porém, para um treinamento ser realmente duro, você não tem a necessidade de matar - quase que literalmente - seu parceiro de treinamento em um dia de Sparrings na sua escola. Existem também escolas que nunca fazem combate nem sparrings e acreditam fielmente que suas técnicas ou seu estilo possa ser empregado em qualquer tipode enfrentamento. O que eu sinceramente acho, muita pretensão; Oras, qualquer cara um pouco mais experiente vai ver uma apresentação ou um video demonstrativo de uma escola dessas e vai saber de cara, se a tal pessoa do estilo X sabe mesmo aplicar alguma coisa em luta, ou se é apenas um mero papagaio que replica aquilo que aprende, sem conteúdo.
Um treinamento mais maduro envolve metodo direcionado para determinados objetivos. Fazer o praticante sentir a progressão ( e por vezes ele mesmo irá sentir quando estará regredindo, e ai cabe,como sempre e em todas as situações, a ajuda do SiFu) dentro da arte a qual está a praticar engloba não só o praticante ter a sensação de sucesso em tudo o que faz, mas encarar determinadas emoções diatnte de situações adversas.
Quando um praticante de arte marcial vem a escola e diz ter ''medo'' de lutar, ou de briga,mas ainda sim quer praticar a arte para ''melhorar'' e ''vencer'' esse aspecto o que um professor de fato já deve identificar e deixar o aluno ciente? Primeiro, entender que TODOS, incluindo o próprio professor tem medo em algum nível e o aluno reconhece isso como um limite a ser superado, embora não verbalize isso. No fundo, ele quer lutar! Segundo que, o professor deve deixar claro o processo pelo qual o aluno irá passar. Terceiro, introduzir os conceitos e princípios da arte e ir progressivamente trabalhando o aluno dentro da ideia de ''vencer'' esse ''medo'', antes mesmo de qualquer tentativa de se fazer Sparrings. è preciso dominar os básicos antes para que o avançado ''apareça''.
- ''Um bom nível básico, fará um bom nível avançado.'' Frase de SiFu.
Na nossa escola, trabalhamos os diferentes tipos de Sparrings dentro de uma progressividade que vai sendo maturada com o passar do tempo. Em diferentes níveis, usamos desde um Sparring de ''single technique'' ( sparring de uma técnica) , quanto de ''timing'' ( quebra de tempo), quanto de ''drills'' ( Sparring voltado para repetição de técnicas), todos com algum nível maior ou menor de contato. Este trabalho acaba sendo bem longo, já que cada indivíduo tem seu próprio ''tempo'' e variações de facilidade e dificuldade em lidar com esse trabalho. Este artigo ficaria muito extenso se eu fosse abordar todos os tipos de Sparring que fazemos, mas até chegar no que chamamos de ''Sparring livre'' dentro de níveis de contato, de duração de rounds e de intervalos, etc etc.
Artes marciais em ultima instância significa vencer seus próprios medos e superar limites. A maioria desses limites estão mais no modo como cada pessoa pensa do que necessariamente envoltas apenas em perigos externos. Por vezes um praticante de artes marciais aprende a ''fazer as coisas, mesmo com medo'', como qualquer outra pessoa que também sente medo. Mas seu diferencial está na capacidade de enfrentar esses medos e encará-los de frente ( Siu Lin Tau), para termos tomada de ações assertivas e assim, continuar a desenvolver a arte.
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